domingo, dezembro 31, 2017

365 dias em busca de mim!

31.12.2016... Não foi um ano ameno, foi preciso que acontecessem muitas rupturas nele para que eu plantasse a primeira semente de 2017.

01.01.2017... Entrei o ano decidida a fazer dele MEU ano. Ainda entrei o ano em puras lágrimas, mas certa de que queria cuidar de mim internamente e externamente.
Fui me olhando e me abrindo com reencontros e novos encontros. Iniciei um primeiro semestre procurando resolver algumas pendências, mas ainda procurando no externo o amor que eu queria.
Acho que foi na renovação do meu ano em junho que fez com que eu começasse a repensar alguns posicionamentos.
Foi dessa forma que mudei meu posicionamento em relação a mim. Foi preciso que uma relação abrisse meu coração, mas não pra outra pessoa e sim pra mim. Para descobrir que o amor que precisava encontrar esse ano era por mim... me tratar bem, me priorizar me cuidar e me amar. Sem mais necessidades de me explicar ou de me justificar.

Mas principalmente acho que foi um ano para eu aprender a perdoar e entender que não é sobre injustiças, mas sobre lidar com o que ganhou, com o que cada um podia e sabia dar.
Um ano para agradecer a todos que passaram tão carinhosamente pela minha vida esse ano e deu um pouco do seu Eu que tinha pra me dar. Isso é realmente muito gentil.
Muiiito obrigada!!! Foi complexo, mas foi lindo e libertador!

31.12.2017... Que venha 2018! Um ano para ressignificar, aceitar, confiar e agradecer mais e mais. Para me tratar bem e me respeitar. Para estar junto da reciprocidade.
Venhaaaa 😍😍😍!!

terça-feira, dezembro 19, 2017

Te amo!!!

Eu não lembro bem a última vez em que nos encontramos. Confesso que aquele sentimento eu guardei bem guardado, muito escondido! Eu olho nossas fotos juntos e não consigo acreditar que no meio desse turbilhão de 2017 a gente tenha se reencontrado.

Eu te contei que esse ano foi catártico, que entrei decidida a cuidar de mim, ter tempo pra mim e encontrar alguém. Te contei que, de onde menos esperava, apareceu alguém. Foi inesperado e talvez não fosse o meu momento, mas em um único e sutil gesto eu o deixei entrar em minha vida. Deixei-o entrar avassaladoramente... e fui com amor e fui com paixão. Aquele sentimento que um dia a gente teve, eu dei todo pra ele. Desmontei todo muro em minha volta e me entreguei. Eu lia e via verdades nas palavras, pq você sabe... palavras pra mim tem muita força e não podem ser usadas se não forem verdades.
No primeiro momento que eu ouvi: isso não é elegante! Ahhh era nesse exato momento que eu deveria ter te reencontrado. Mas eu queria realmente acreditar que aquilo era possível. Fui me doando até puxar o primeiro freio de mão. Tinha algo que estava estranho. O tempo passou e o sentimento por ele não tinha acabado.

Desculpe, eu sei que pode parecer estranho eu te contar tudo isso... mas você vai entender.

Nos reaproximamos aos poucos... bem aos poucos. Eu quis acreditar na reciprocidade e, como eu já escrevi, era bonito quando o mundo era só nós dois. Mas eu devia ter percebido, quando comecei a ter medo de falar e quando não ouvia. Quando as palavras estavam em desacordo com as atitudes.
Mas o dia que antecedeu nosso reencontro foi realmente catártico. Foi um domingo em que ouvi coisas que não faziam sentido algum pra mim, que me deixaram completamente tonta. Então naquela semana eu percebi todo o enorme desrespeito que sempre houve comigo, como mulher, como amiga. Me questionei o quanto EU tinha permitido esse desrespeito. Quando percebi que não era uma questão de falta de reciprocidade e sim de falta de respeito, eu chorei por cada pedacinho do meu corpo entregue e desrespeitado não só naquele domingo, mas em todos outros dias em que isso aconteceu.

E eu te contei tudo isso pra dizer que não por acaso nos reencontramos logo depois. Hoje eu vejo que não teríamos nos reencontrado se eu não tivesse passado por todas essas coisas, mas principalmente por esse domingo.
Talvez como em tantas outras vezes em que ensaiamos voltar, não era o momento certo. Obrigada! Obrigada por me amar desse jeito tão peculiar, mas que de uma forma ou de outra sempre esteve me esperando!

Eu peço perdão pelas vezes em que te abandonei rudimente. Eu realmente sinto muito. Eu sou grata pela nossa volta e principalmente eu quero que saibas que TE AMO INCONDICIONALMENTE!

Amo cada pensamento que tu tem... e vai pensar tanto assim lá em casa! Amo o teu jeito de dar risada, a facilidade que tu tem pra estar feliz entre teus amigos. Amo que você esteja enfim fazendo eu me aceitar com cada "fora do lugar" que meu corpo tem! Amo pegar a estrada contigo, colocar um som bem alto e cantar como se fosse disputar o The Voice.

Mas inesperadamente e principalmente amo teu cuidado e jeito com Antonella. Nunca pensei que você fosse ser assim. Essa preocupação incessante com o bem estar e emocional dela, ainda que tudo isso mexa com você!

Por tudo isso...
"Eu te peço perdão
Eu sinto muito
Eu te amo
Eu sou grata"

E assim viveremos o nosso FELIZES PARA SEMPRE! 

Ps: e quando vier aquela dúvida sobre a aproximação das pessoas e o sentimento de uso... saiba sim que estão te usando, pq é bom demais estar contigo! Pq é um privilégio estar contigo! Pq simplesmente tu é uma MULHER DA PORRA, RENATA!

terça-feira, agosto 22, 2017

Independence Day!

Calmaaa!! 
Deixa eu respirar e processar essa última meia hora. Quando eu soube que estava grávida, correndo fiz os cálculos pra saber de que signo você seria. AQUARIANA! Levei um susto. Dizem que aquarianos são do futuro, enquanto cancerianos são do passado.

Então eu me preparei pra ser uma mamãe que te daria muita independência de ir e vir, de tomar decisões, de abraçar o mundo em viagens... e realmente você é muito independente. 
Você tem muito amor nesse coração, muita paixão, muita compaixão, muita empatia pelo mundo e pelas pessoas. Minha filha, você é fantástica!!!

Me orgulho muito da pessoa que você é. Você tem apenas cinco anos e obviamente está aprendendo a lidar com muitos sentimentos que vem em arroubos. Porém, você é tão impressionante no cuidado com as pessoas que duvido que tenha mesmo essa idade.

Algumas vezes, eu e tia Carol, divagamos sobre o dia em que você e Lulis nos avisariam que estavam com data marcada para um findi no Rosa, um mochilão na europa e descobertas na Tailândia. Mas veja bem... Achamos que seria lá pelos 15 (isso eu já preparando bem meu coração canceriano).

Hoje à noite tivemos uma conversa e você disse que queria morar com o papai. Primeiro levei um susto e pensei: devagar com esse andor, minha pequena aquariana. Mas te incentivei e disse: claro, filha, tudo bem!
Segue nosso diálogo, eu, você e papai on line:
- Papai quero ir morar com você.
- Que bom filha, fico feliz com essa tua vontade.
- Mamãe, temos um problema.
- Qual amor?
- Preciso ver uma escola... E tem minhas roupas e brinquedos pra levar e não temos tanta mala.
- Mas filha, a gente dá um jeito e pega outras malas. O colégio você pode ir procurar com o papai.
- Mamãe, mas você vai sentir saudade aí.
- Claro amor, mas a gente pode se ver aos finais de semana e falar ao telefone.
- E nas férias, mãe?
- Isso.
- Papai, quando eu vou praí?
- Quando você quiser, filha.
- Então, vou amanhã!
- Mas, filha papai tem que se organizar.
- Tá, então te organiza. Tchau.

Estava preparada pra uma conversa dessas pela adolescência, quando queremos transgredir. Mas já?

- Filha, por que você quer morar com o papai?
- Mamãe, sabe quando você disse que o mano e a Nina sentem minha falta. Eu acho que tu tem razão. Eles precisam de mim. 
- Entendi. Eles sentem mesmo tua falta.
- A Nina gosta muito de dormir comigo e o mano gosta de jogar bola e sou muito boa com a bola amarela.
- Sim, amor. O mano vai aprender muitas coisas com você!
- Mamãe, mas tem um problema.
- O que minha filha?
- Você vai ficar sozinha.
- Não filha, não se preocupa com isso, por que no findi a gente já fica juntas.
- Sabe mamãe, acho que você tem que se apaixonar por alguém.
- É, você acha isso?
- Sim, mamãe.

Antonella, amor de mamãe, temos um problema... Ainda tenho muito que aprender com esse teu espírito evoluído. Vamos mais devagar com esse ritmo. 
Vamos combinar assim: eu não te freio e você não me acelera.

Ok, ok... Vai voar a vida, minha filha! Tenha asas e raízes! Estarei sempre contigo de perto ou de longe.

Te amo, minha iluminada #divamascote 

domingo, agosto 13, 2017

Imortal até sua finitude!

Acho que todos já ouvimos a frase: "A única certeza da vida é a de que um dia iremos morrer".
Porém, pra nossa sanidade mental o cérebro ignora essa informação. Temos internalizado, quase que insanamente, que somos imortais. Terei tempo hoje, amanhã, semana que vem, mês que vem até... Até não podermos mais, até o namoro acabar, o casamento falir, um diagnóstico acontecer. Enfim, um rompimento do status quo.

Aí vem o tal filme do que deixamos de fazer, de sentir, de falar e principalmente de demonstrar. Existe presente mais precioso que ouvir de alguém que ele gosta de você? Já parou pra pensar que talvez não tenha sido tão fácil pra pessoa te dar esse presente?

É um presente sim, por que você não tem que dar nada em troca, mas valorize que essa pessoa te escolheu para ser presenteado. Ela ultrapassou a barreira da imortalidade pra poder sentir, pra poder demonstrar e pra poder falar. Valorize isso! 

Nos preocupamos demais com a reciprocidade, com o que isso vai parecer, como será recebido, como será entendido. E se ligarmos mais o foda-se? 
Hoje você foi ao médico e recebeu o seguinte diagnóstico: Alzheimer. Você vai esquecer quem é e vai esquecer as pessoas que ama. Isso pode ser lento ou rápido!
Quem não sairia dali, chocado e triste sim, mas com um ânsia de dizer a todos os seus amores que não pode mais procrastinar. Foda-se a reciprocidade, foda-se o que irão  pensar. Eu realmente só quero que você saiba que: EU TE AMO! Que você é importante pra mim!

Ali termina a "semana que vem", por que tem que ser HOJE! Não vou mais medir as palavras e as atitudes esperando um jogo de trocas.

Então me lembro da pergunta que minha filha me fez essa semana: eu existo mesmo ou esse mundo é de mentira? E pasmem, ela com 5 anos me fez uma pergunta que com 39 ainda não sei responder.

Eu não sei quanto de mim sou eu, ou quanto de mim é o que esperam que eu seja. Isso não torna o mundo uma mentira?
Numa amizade, num início de relacionamento, numa entrevista de emprego ou no que você quer ensinar ao seu filho.

Desde criança eu sempre me questionei por que eu não devia demonstrar para os outros quando me deixavam triste, ou quando estava muito feliz e contar o motivo, ou dizer que amo a pessoa. Por que eu tinha que guardar pra mim? Por que isso é me resguardar? Simmmm, já desobedeci isso. Aliás geralmente desobedeço isso. Simmm, muitas vezes isso foi usado contra mim, muitas vezes me fez mal... Mas as que foram boas, foram tão recompensadoras por ter sido... EU!

Quanto o mundo seria melhor se fossemos, ainda que com pensamento de imortal, mais finitos para encarar nossos sentimentos? Quanto se investiria na solidez e menos no descarte?

Vivemos uma vida de condições descartáveis, por que simplesmente nos achamos imortais.

"...
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento..."
Vinicius de Morais

Por mais presentes e presenteados!

Pai Herói!!

Pai é herói.
Não desfaça isso!

Pai é quem nos salva dos castigos da mamãe.
Por favor, continue assim!

Pai é quem diz pra gente não misturar miolo, serragem e ideia.
Pai é aquela fonte de sabedoria que nos norteia, nos salva e nos consola.
Por favor, esteja presente.

Pai tem um dos maiores colos do mundo e isso é incrível! Não interessa a deficiência que ele tenha, te pega no colo e te põe lá no alto.
Sim, pai também vira Hulk.

Pai é quase um treinador... do andar de bicicleta ao vestibular, ele saberá tantas técnicas que certamente achará que ele é a encarnação do Da Vinci!
Ok, não é sempre que concordaremos.

Pai é contador de causos, de histórias da vida onde criamos raízes e laços afetivos.
Sejam esses livros abertos!

E pai, você faz uma falta pra caramba!! 
Hoje eu colocaria mais canela na carne e você ia reclamar que minha experiência era pra tentar te matar ahhaha... mas depois a gente ia resolver com uma barra de chocolate.

Já que tu foi um sem vergonha de não se cuidar pra estar aqui com Antonella, Gael e Nina, favor orienta-los aí de cima.

Minha sinceras homenagens a esses pais que todo dia dão seu melhor aos filhotes!!

quarta-feira, julho 19, 2017

Todo mundo usa óculos!

Pré conceitos...

Todo mundo sabe que existe um preconceito com negros, com mulheres, com pessoas que tem algum tipo de deficiência, com mães... Mas ninguém sente!
Se imagina, mas não se sente. 

Imagine você vendo pessoas com câncer... Uma barra não é mesmo? Mas você não está nessa situação, não vive a realidade da dificuldade de um tratamento e tudo mais que envolve isso.

Se cada um pudesse ao menos se colocar por alguns minutos no lugar do outro, não precisaria pedir desculpas dizendo que aquilo não faz parte do seu comportamento. Colegaaa, cá entre nós, se você falou, faz! Está tão enraizado que capaz de você nem perceber até  que atinja o espaço público. Desculpe, mas respeito define caráter, define valores. Não é o que você faz em público que te define e sim o que você faz e pensa quando ninguém mais está vendo.

Essa semana li alguns exemplos disso.
Ontem teve jogo do inter e farei um relato breve do episódio: bandeirinha marca impedimento, Luverdense para; juiz diz que não houve nada e o Inter segue e marca um gol. Por mais que houvesse liberação do juiz, a outra equipe estava parada. Pra mim houve sim querer levar vantagem e azar do resto. Ética!
Não contente, o treinador do inter responde a uma repórter que questiona o resultado que "como ela é mulher, ele não vai responder por que ela não deve ter jogado futebol"!
A empresa dela diz que ela não vai se pronunciar. Sabem o motivo, né?! Fica caladinha pra não perder o emprego.
Já ele diz que se pronunciou mal no calor do momento. 🙄😒

Essa semana vi também a Samara Felippo se pronunciando sobre a falta de representatividade que as filhas tem na sociedade. Ela tem filhas negras e tenta explicar todo dia que o cabelo delas não é significado de não ter beleza, de coisa ruim, de dificuldade. Só não tem mídia falando disso o tempo todo como coisa boa. Não tem bonecas negras aos montes, não tem desenhos com meninas negras... E quando tem são estereotipadas.

As antigas histórias de princesas acabam sempre no casamento... Hahaha, pq será?! E essa semana li sobre isso... O quanto passamos para nossos filhos que as meninas tem que ter adoração pelo corpo perfeito e ilustrado em campanhas fitness? Que qualquer coisa longe disso é considerado fracasso e relaxamento? Para mulheres! Homens, não!

Mulheres e homens tem os mesmos direitos! 🤔🤔
Pode ser, mas só se a mulher abdicar veementemente de ser mãe... E olhe lá! Às vezes eu tinha vontade de conhecer quem abortou uns e outros por aí! Tem sim empresa que deixa de contratar mulher pela possibilidade dela vir a ser mãe ou por ter filho pequeno.

Não vou me alongar em nenhum desses pontos que seria um texto interminável.
Porém, eu queria dizer que precisei ter uma filha pra ver a falta de espaço da mulher, pois pra mim estava tão enraizado que era considerado normal... NORMAL!!! Pelamor, minha gente, isso não pode ser normal e aceitável!!!

Tive que ter uma filha que usa óculos, (Entenderam? ÓCULOS!!! A maioria das pessoas usa óculos!) pra ver que nos livros infantis não tem crianças que usam óculos, que nas propagandas não tem crianças com óculos, que não tem princesas com óculos, heroínas com óculos!!
Quando ela precisa encontrar uma imagem na revista que a represente pra um tema da escola, não tem! E se naquele 1% que a gente possa vir a encontrar, a criança de óculos está estereotipada!

E é só um óculos... Que quase todo mundo usa!

Deu pra entender?

Aniversário 🎉🎉🎉

39 anos...

Eu simplesmente amo meu aniversário. Acho a data linda, 28.06. Diria até que ela me parece fofinha! Eu gosto de ficar acordada até 00:00 e me cantar parabéns. Especular quem vai me dar parabéns primeiro. Comemorar cada minuto do meu dia... E de vários no entorno, pois uma única comemoração é pouca. 

As palavras e gestos são tão importantes pra mim que eu sempre dizia, não aceito presente sem cartão. Eu realmente sempre quis as palavras. Elas tinham que estar em acordo com os gestos.

Poxa, mas são 39 anos! Estou fechando uma década... E que década!
Foram muitas mudanças nesses últimos 10 anos. Queria convidar pra uma roda de conversa e comemorações muita gente! Tem gente importante que não estará aqui e me faz uma falta pra caramba. 
Dizem que temos uma crise balzaquiana ao chegar aos 30 anos. Eu tive mesmo... Aos 28 anos. Parecia que nada fazia sentido ao chegar perto dos 30. Engraçado que agora parece simplesmente AGORA... e tudo bem!

Aos 39 pareço começar a fazer as pazes comigo e devo isso ao auxílio de algumas pessoas muito especiais, mas com certeza preciso agradecer a mim por ter tomado a atitude de procurar essas pessoas maravilhosas e quebrar correntes há muito tempo instaladas.

Comemorar esse último ano na casa dos 30 é muito significativo. Faz um ano que decidi mudar muita coisa, romper muitas barreiras difíceis. Muitas coisas internas. Foi preciso (com o perdão do jargão) chegar ao fundo do poço, olhar pra mim, olhar pra Antonella e perceber que devia isso a ela sim, mas principalmente a mim. 

Aos 39, percebo que não vou deixar de chorar, de cair, mas que crio uma perspectiva de não me moldar, mas de ser eu. Aprendendo que me adaptar e existir não significa agradar todo mundo e sim me fazer bem, agradecer, me perceber e viver o agora.

Aos 39, obviamente ainda tenho que fazer disso um mantra, mas não está mais pesado. O passado tem deixado de doer, o futuro tem deixado de me ansiar e com as expectativas tenho conversado todo dia. Descobri que minha melhor amiga e minha pior inimiga sou eu e com ambas tenho que aprender a conviver.

Aos 39, ainda quero salvar o mundo, ainda quero acreditar nas pessoas, ainda quero mostrar pra Antonella que resiliência e empatia nos farão sofrer menos e viver mais. Aqui ainda quero que se olhe mais o outro, seja o outro quem for. Ainda quero acreditar que conversar e confiar é a regra de ouro para a harmonia entre as pessoas. Quero que ela saiba que respeito e educação não depende de quem está olhando.

Aos 39, muitas pessoas entraram e ficaram, muitas entraram e saíram. Muitas saudades ficaram. Algumas dúvidas... que eu sempre ansiei pelas respostas. Meu lado analítico é assim. Percebi que eu não tenho todas as respostas para minhas perguntas, como posso querer que as pessoas tenham?

Então aos 39 anos, decidi entrar num ciclo de aceitação, de deixar a auto mutilação de lado e gostar de mim. Não, não é fácil, mas foi preciso tomar consciência de mim e comemorar esse último ano do ciclo dos 30 em que faço as pazes comigo e me preparo para os 40 e sem medo!!!

Que rufem os tambores por que hoje tem parabéns!!!

"Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir, amigo!"

domingo, julho 16, 2017

Carolina, olhos de jabuticaba!!

Simmmm, Carolina é sim uma menina bem difícil de esquecer. Ela tem sim um belo brilho no olhar e é aí meu querido Seu Jorge que eu te deixo pra explicar Carolina e peço ajuda a Lulu Santos.

Carolina, tem olhos de jabuticaba que te olham expressivamente. Não existe a possibilidade de não se apaixonar por ela. Ela me encantou desde nosso primeiro contato. Amei ela em todas suas dobrinhas. Acho que foi o primeiro olhar que mexeu comigo desde que ganhei meus olhos de amêndoas, Antonella.

Eu não sinto medo de ama-la, de toca-la e até de amassa-la... E ela já sabe, que assim como o mano, sempre poderá contar comigo.

Mas eis que eu não sou mais só a tia maluquinha que a ama tanto: EU VIREI DINDAAAAA!

Simmmm, eu sou a DINDAAAAA da Carolina, Nina Nina... A minha linda #olhosdejabuticaba! Minha morena jambo dos laços amarelos, dos vestidos vermelhos. A dinda vai providenciar um lindo biquini amarelo... E um jet bronze pra acompanhar na praia!!!

Que venham muitas curtições nas nossas vidas!!!

Amo intensamente!

Obrigada por me escolher como tua Dinda, meu amor!!!

Lulu Santos:
"Dentro dos teus olhos 
É um verso tão comum 
É duro evitar o chavão 
Quando se vive um 
Eu me acho apaixonado 
E você me pergunta 'e daí?' 
Mas é que do meu ponto de vista 
É como um novo universo que se cria 
Bem no meu quintal 
Outra eternidade em potencial 
Novo espaço tempo 
Outro Carnaval 
Onde tudo tá valendo 
Tudo é natural 
Olhos de Jabuticaba 
Olhos de Jabuticaba 
Olhos de Jabuticaba 
Dentro deles eu me vi 
Olhos de Jabuticaba 
Olhos de Jabuticaba 
Olhos de Jabuticaba 
Por conta deles eu vi"

segunda-feira, abril 03, 2017

Do outro lado do vidro

Certamente, pensamos que algumas coisas na vida jamais iremos ter o prazer (ou desprazer) de fazer.
Domingo passado tive o prazer de fazer algo que imaginava que nunca faria.

Era de manhã cedo quando recebi aquela msg no whatsapp: "Hoje, é hoje, é hoje..." 👨‍👩‍👧‍👦
Nossa tão esperada Carolina estava dando sinais de que queria estar no colo dos papais e do mano.

Minha comadre, achou que eu estaria lhe fazendo um favor, ledo engano. Foi uma das experiências mais incríveis que já tive ao ficar com ela na recuperação pós parto. Primeiro por estar na posição inversa a da mãe e ver como é passar por ali. Segundo por ter sido um momento de reviver e costurar algumas coisas do passado.

Tarde da noite, foi necessário que Carolina fosse examinada e para isso, atualmente, as crianças são levadas ao famoso aquário. Lá fomos eu e Carolina darmos nosso primeiro passeio noturno!! Lá foi tia Re, saber como era ficar do outro lado do vidro e a sensação de estar ali.

Quando Antonella nasceu aquela nossa primeira noite foi uma mistura de emoção, alegria, medo, dor, choro e a sensação de que agora era entre nós duas. Só que no meio daquele tumulto de emoções a gente mal se dá conta de preservar cada memória vivida.

Nesse dia eu pude ser uma ouvinte, uma espectadora, uma amiga e vivenciar a felicidade da Lê grudadinha a noite toda na sua (não tão) pequena filhota! As duas se reconhecendo e se entendendo em gestos, conversas e afagos.
Ahhh meus queridos, não subestimem nunca uma mãe. Nao interessa sua dor física ou emocional, aquela cria será sempre prioridade de defesa e a Lê não desgrudou da Carolina. Não teve fita no braço que dissesse que era pra Nina deitar no bercinho hehehe.

Agradecerei eternamente a experiência e confiança de participar desse momento e desejar que Nina tenha muita saúde, muito amor e muito carinho. Ela saberá que, assim como o mano Totonho, ela tem um lugar muito especial no coração da tia Re e da amiga Antonella.

Amo vocês.

sábado, março 18, 2017

Eu fico com a pureza... e a leveza!!

De tempos em tempos, vejo publicado em redes sociais aquelas imagens com diferentes fotos e os seguintes dizeres:

Como eu me vejo.
Como as pessoas me veem.
Como eu gostaria que fosse.
Como realmente é.

Sempre com fotos totalmente diferentes entre si. Como a teoria da faculdade x a realidade do contexto de trabalho. Planejamento de ser mãe x ser mãe. A expectativa deve ser muito balanceada e sempre ajustada à realidade. Nada fácil, não?!

Essa semana, fiquei quase que 100% ouvinte (100% não seria nada eu) numa conversa sobre "crianças x pais de hoje". Conversavam uma mãe de primeira viagem, uma mãe com seu segundo filho e uma jovem de seus 25 anos sem filhos. O assunto era como estavam sendo criadas as crianças de hoje e a culpa dos pais.
As mães comentavam que era complicado lidar com a TV e todas solicitações e frustrações que decorriam das propagandas. Uma falou que o filho de 7 anos estava muito decepcionado de não poder ir para a Disney com os primos e da diferença de comportamento entre os dois filhos. A outra disse que antes as crianças sabiam brincar e enfim, a mais jovem disse que os pais fazem filhos pra colocar na frente da televisão.

Fiquei observando e cheia de conversas dentro de mim: receitinha de bolo bem fácil essa, não?!

Partindo do princípio de que não nascemos prontos pra ser pais ou mães e de que bebes não vem com manuais, posso dizer que a maioria de nós se esforça pra ser o melhor pai e mãe que aprendeu a ser e que está buscando ser.
Grávida, fui a melhor mãe do mundo. Minha filha não assistiria televisão tão cedo; não comeria doces ou porcarias; não morderia nenhum amiguinho se eu não brincasse de morder enquanto fosse bebe; não iria se atirar no chão; iríamos conversar sobre o que está certo e errado e portanto não haveria brigas; ia dormir cedo; ia mamar exclusivamente no peito; ia comer todas frutas e verduras, pois me veria comendo; ia dormir desde pequena no seu quarto; não ia usar bico; ia fazer natação ainda bebe, pois auxiliaria no seu desenvolvimento... Ia e não ia tanta coisa. Tanta coisa que eu esperava de mim, que eu achava que era esperado de mim... E como realmente foi.

Algumas coisas consegui fazer e outras, a duras perdas de sono por culpa, não! Algumas independente  da época que vivemos não serão receitas de bolos. Talvez o que aconteça é que boa parte da minha geração de mães se questione bem mais que a geração dos meus pais.

Na conversa fiz minhas colocações também. Questionei sobre as possibilidades reais que tínhamos com as circunstâncias de trabalho e de segurança que temos hoje. Será que não podemos tentar viver as experiências dentro do que conseguimos e colocar essa culpa e exigência social no lixo?

Então hoje, recebo uma lista de perguntas sobre a vida da Antonella. Pra uma pessoa  questionadora como eu, cada pergunta feita são outras 10 na minha cabeça.
Mas vou colocar duas aqui que realmente mexeram comigo:
- Com quem a criança permanece a maior parte do tempo?
- Sobe em árvores e muros?

🤔🤔🤔🤔🤔🤔

Imagino que a primeira pergunta parte do pressuposto de quem da família fica mais tempo com ela. Pois então companheiro, preto no branco, o que temos para o momento é que ela fica a maior parte do tempo na escola desde seus 8 meses de vida!
Fiquei pensando se aquela jovem diria agora que eu estou delegando a minha filha a terceiros. Devo estar, né?! Queria? Não.
Se eu me martirizo por isso? Já fiz muito mea culpa entre o planejado na gravidez e o executado. Acho que tivemos muitas perdas por isso, mas tenho que contabiliazar os ganhos também. É necessário ver o lado positivo pra encarar a realidade não planejada. Conclusão dessa etapa? Escolher uma escola que a acolha e lhe dê espaço para seu desenvolvimento emocional.

Fiquei um bom tempo pensando na segunda pergunta. Ouvi grilos. Pensei mais um pouco. Grilos de novo. Lembrei da minha infância na casa da minha avó, na casa da praia. É eu subi bastante em muros. Árvores, deixei a desejar.
- Antonella, você já subiu em algum muro ou árvore?
- Mãe, lembra que já subi uma vez naquela árvore lá embaixo?
- Ahhh simm!

Ufa! Respondi: quando teve oportunidade!

Caramba!!!! Estamos nos restringindo nas possibilidades. Infelizmente nessa segunda parte, com (de novo) uma exigência social e, obviamente minha também, por querer fazer mais isso, não estamos conseguindo explorar nosso máximo. Não em Porto Alegre. Não em uma cidade falida num caos de segurança que me faz dizer pra minha filha sair correndo do carro sem apreciar a caminhada independente com sua mochila até a porta da escola. (Mas esse assunto de segurança X crianças, deixarei para um outro post).

Então, não! Não escolhemos simplesmente que passarão a maior parte do tempo na escola ou na "segurança" de dentro de casa. Porém, estamos tentando fazer nosso melhor com as possibilidades que temos.

E como diria a música: "Eu fico com a pureza da resposta das crianças..."
Com esse termômetro que vamos ajustando nossos acertos e erros.

Definitivamente ficaremos com a LEVEZA do seu sorriso, seja em muros, árvores, ruas, piscinas, salas ou quartos.

;)

quinta-feira, março 16, 2017

Era uma vez... Ops! Dessa vez!

Era uma vez...

Tem coisas que ficam guardadas não só do lado esquerdo do peito, mas na cabeça. Memórias bem guardadas ou soltas em um dos nossos muitos compartimentos psíquicos.
Quando eu estava na primeira série do primeiro grau (pq ensino fundamental é algo mais moderno 😜), eu me lembro de um colega questionar a professora o motivo de sempre começar um livro com "Era uma vez...".

Acho que foi a primeira vez que algo questionador me marcou. Sinto dizer, mas desde então as minhas perguntas ficariam piores do que essa que ele fez.
Dali em diante, no lápis, nunca mais foi "era uma vez" e foram várias histórias contadas e inventadas.

Porém, acho que no dia a dia me deixei levar por muitos "era uma vez" e deixei passar o resto da história. Todo ano renovamos nosso contrato no 01.01. Novas perspectivas, novas chances, desapega, apega. Também assino esse novo contrato a cada ano. Ano passado assinei um com prazo de validade indefinido e renovei com novos capítulos para esse ano.

Fazer um auto contrato não é muito fácil, pois requer mais que disciplina e vontade. Requer muita coragem e paciência. Opinião alheia, principalmente contrária, não irá faltar. Persista! Vai doer! Persista! Vai parecer um buraco negro! Persista! Vai ter chuva de choro, vai ter a cama te abraçando como teu último grande amor, vai ter muita coisa. Nesse momento procure alguém pra enfrentar junto tudo isso! Nessa vida, no nosso turbilhão, um "vai dar certo" é uma dádiva!

Um belo dia o sol irá nascer, aquela brisa de meia estação será sentida no rosto e você se sentirá vivo novamente. Volta o pulso, volta a vontade e a volta a coragem! Com medo? Claro! Medo não é o problema, a falta dele que é!

Então, não era só mais uma vez.
Agora quero que seja "Dessa Vez"! A minha vez, minhas decisões, minhas rédeas!

Equilíbrio no aqui e agora!