domingo, julho 26, 2009

FICÇÃO OU REALIDADE?!



Ana Maria durante toda a vida teve um sonho: entender as relações e atitudes humanas. Na hora de escolher seu curso universitário Ana Maria ficou em dúvida sobre qual profissão escolher, para que pudesse sanar o seu sonho. Pensou em filosofia, sociologia, antropologia e acabou optando por psicologia... entendia que assim o abstrato seria mais abrangido.

Logo no primeiro semestra da faculdade, na cadeira de Relações Humanas, o professor solicitou um trabalho. Ele deu um caso clínico para cada aluno versando sobre diferentes assuntos. Cada caso envolvia preferencialmente algum tipo de sentimento humano e o aluno deveria, ao fazer a apresentação aos demais colegas, explicar o que entendeu sobre o caso e a qual conclusão tinha chegado. Claro que por ser primeiro semestre ele explicou que ficaria um pouco empírico o trabalho e as conclusões, mas a finalidade era a de os alunos irem conhecendo a Psicologia Humana.

Quando Ana Maria recebeu o seu caso clínico ficou meio chocada com a história, não conseguia acreditar o que levava uma pessoa a agir daquela maneira. Foi então pesquisar e muitas coisas ela conseguiu entender, outras não muito. O "sentimento" predominante no seu caso clínico era a Obsessão.

No dia marcado Ana Maria optou por explicar o que significava cada sentimento que envolvia o seu caso, para que ficasse mais compreensível para os colegas.

O que siginifica:

  • Amor: É o sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outra pessoa. quando há formação de vínculo emocional com outra pessoa.

Caso: A falta de amor próprio seria também não desejar o bem de si mesmo. O que era evidente na paciente.


  • Inveja: Desgosto pelo bem ou felicidade de terceiros. A pessoa vive ou quer viver uma vida que não é a sua. Não consegue ser feliz com o que possui e quer sempre aquilo que não lhe pertence, seja material ou não. A inveja é fruto do egocentrismo.

Caso: A paciente tinha inveja das amizades e do amor alheios.


  • Infelicidade: Quando a pessoa não é alegre, não é bem sucedida, não é bem lembrada.

Caso: Praticamente nada da paciente lhe trazia felicidade. Estava sempre em busca do que era alheio. Queria, provavelmente, viver uma vida que não era a sua.


  • Traição: Ser desleal, ser falso, enganar por traição.

Caso: A paciente experimentou diferentes formas de traição, tanto como autora, quanto como protagonista. Porém, a pior traição analisada no caso era a traição que ela cometia a si mesma. Enganava-se ao pensar que podia substituir sentimentos de outras pessoas, ou até mesmo que poderia substituir outras pessoas... e sofria muito com isso.


  • Insegurança: Quando a pessoa não tem segurança em si mesmo. Não possui convicção nas suas coisas. Não possui paz interna.

Caso: Provavelmente a paciente já era insegura desde pequena. Porém, como mostra o caso, muita dessa insegurança se deve a culpa pelas traições, levando a paciente a não ser bem aceita no seu meio. Essa provavelmente é uma das causas da paciente sentir inveja de outras pessoas.


  • Ciúme: O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Porém, ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a auto-estima, mais propensa a pessoa está de sofrer com um dos dois sentimentos.

Caso: O ciúme é um sentimento exacerbado de posse que pode ocorrer pela pessoa amada. No caso da paciente, ocorria um ciúme atípico, pois ela sofria de ciúmes por coisas que não lhe pertenciam, que não faziam parte das suas relações.


  • Obsessão: É um pensamento fixo, recorrente, intrusivo e geralmente de caráter absurdo.

Caso - Conclusão:

Todo o relato do caso e os dados recolhidos na pesquisa de Ana Maria levaram-na a concluir que a paciente não conseguia se desligar de suas atitudes no passado o que acabava por lhe causar um transtorno afetivo: uma obsessão que criou por uma pessoa a quem ela socialmente havia prejudicado. No entanto, com certeza a mais prejudicada foi a paciente, visto que ela não consegue se recuperar da culpa que sente pelos seus atos, causando-lhe profunda insegurança.


Ao discutir com os colegas e com o professor o que deveria ser feito nesse caso, concluíram o seguinte:

"Como a paciente demonstra efetiva falta de caráter, insegurança e obsessão por outra pessoa, é determinante que se indique TRATAMENTO TERAPÊUTICO."


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Nota da Autora:

Plágio é o ato de apresentar como seu o trabalho de outra pessoa. É crime!

Burrice é quando a pessoa, dotada de pouca inteligência, além de plagiar reenvia ao autor.