segunda-feira, abril 03, 2017

Do outro lado do vidro

Certamente, pensamos que algumas coisas na vida jamais iremos ter o prazer (ou desprazer) de fazer.
Domingo passado tive o prazer de fazer algo que imaginava que nunca faria.

Era de manhã cedo quando recebi aquela msg no whatsapp: "Hoje, é hoje, é hoje..." 👨‍👩‍👧‍👦
Nossa tão esperada Carolina estava dando sinais de que queria estar no colo dos papais e do mano.

Minha comadre, achou que eu estaria lhe fazendo um favor, ledo engano. Foi uma das experiências mais incríveis que já tive ao ficar com ela na recuperação pós parto. Primeiro por estar na posição inversa a da mãe e ver como é passar por ali. Segundo por ter sido um momento de reviver e costurar algumas coisas do passado.

Tarde da noite, foi necessário que Carolina fosse examinada e para isso, atualmente, as crianças são levadas ao famoso aquário. Lá fomos eu e Carolina darmos nosso primeiro passeio noturno!! Lá foi tia Re, saber como era ficar do outro lado do vidro e a sensação de estar ali.

Quando Antonella nasceu aquela nossa primeira noite foi uma mistura de emoção, alegria, medo, dor, choro e a sensação de que agora era entre nós duas. Só que no meio daquele tumulto de emoções a gente mal se dá conta de preservar cada memória vivida.

Nesse dia eu pude ser uma ouvinte, uma espectadora, uma amiga e vivenciar a felicidade da Lê grudadinha a noite toda na sua (não tão) pequena filhota! As duas se reconhecendo e se entendendo em gestos, conversas e afagos.
Ahhh meus queridos, não subestimem nunca uma mãe. Nao interessa sua dor física ou emocional, aquela cria será sempre prioridade de defesa e a Lê não desgrudou da Carolina. Não teve fita no braço que dissesse que era pra Nina deitar no bercinho hehehe.

Agradecerei eternamente a experiência e confiança de participar desse momento e desejar que Nina tenha muita saúde, muito amor e muito carinho. Ela saberá que, assim como o mano Totonho, ela tem um lugar muito especial no coração da tia Re e da amiga Antonella.

Amo vocês.