sábado, julho 05, 2014

Quarta-feira, dia 02/07: Dia D!




      A ansiedade pelo 2/7 veio crescendo desde o dia 19/02 na última consulta: Antonella terá que usar o tapa olho para ver se conseguimos reverter o quadro funcional do olho.

Até então a cada consulta era uma pedrada, era um ponto negativo, era andar pra trás. A perda da função estava gradativa, a perda da capacidade também e entre um choque e correr atrás da alteração de quadro, eu me perguntava: o que Antonella deixará de viver e fazer por conta disso?
Nenhuma mãe quer restrições a seu filho. Os queremos saudáveis e felizes, podendo curtir tudo que for possível. Claro que existem adaptações, mas melhor seria se não fossem necessárias, certo?
Eu não consigo ter noção da falta de visão que Antonella tem e isso me angustia. Pergunto pra todo mundo que tem miopia como eles enxergam, até onde enxergam, como posso ajudar minha filha.
Então montei um plano e fizemos uma rede de apoio pirata para que Antonella se sentisse bem usando o tapa olho. Ela deveria usar no olho direito (que não tem nada) pra forçar o esquerdo a ver. Eu que enxergo bem dos dois me batia em tudo e me sentia sufocada, imagino ela. Fomos em frente com ajuda dos amigos, da escola e da família. O que poderia ser motivo de bullying, foi motivo de apoio e todos queriam ser piratas com Antonella.
Vencemos uma etapa!!! Antonella andou duas linhas pra baixo no tamanho das figuras (pra nós são letras e pra ela são figuras), mas temos um longo caminho ainda. Temos que vencer mais quatro linhas até alcançar a capacidade de visão do olho direito.
Seguimos em frente de tapa olho até dezembro em nossa próxima consulta.


Agradeço aqui o apoio incondicional de todos!!! Um beijo enorme meu e da Antonella!

domingo, junho 29, 2014

As Tulipas vieram!!!

Simmm, elas vieram! As Tulipas!

Em dose tripla eu diria... vieram em forma de flores, em forma de buquê de amigos muiiito especiais e em forma de escritos mais especiais ainda.


Confesso que fazia muito tempo eu não acordava empolgada no dia do meu aniversário. Nesse tinha jogo do Brasil (e quase infartei, mas meu aniver manteve sua invencibilidade em copas), tinha comemoração ao acordar com abraço MUSO da #divamascote, tinha comemoração em família e comemoração com a família que a gente escolhe: os amigos.

No meio disso tudo ainda tinham mensagens, "zapzap", emails, sms e ligações surpreendentes eu arrisco dizer.

Amei cada segundinho do meu dia e venho aqui agradecer a todos que dele participaram de perto ou de longe, mas que pensaram em mim!

Beijossss!!

ps: Está certo que hoje eu acordei pensativa com meus 36 anos hahaha! Mas O.K pra sempre!

sábado, junho 28, 2014

Minha linda #divamascote


É dessa forma que tudo se encaixa e que questionamentos infinitos perdem o sentido. 

Ela é o sentido de tudo, é a resposta pra tudo.

Ontem quando chegamos em casa ela estava dormindo e fui fazer algumas coisas de casa. Ela acordou e fomos arrumar sua mochila juntas... Q U A S E  M O R R I!!! Ao abrir, salta esse coração e esse lindo cartão e ela brilha os olhos, dá um salto na minha direção e diz: An-néia feix carta mamãe e um coiação!!! Nos abraçamos infinitas vezes... chorei emocionada... apertei tanto até que me dei conta dela falando: não amassa, mamãe!

Não esperava essa sensibilidade de percepção da minha filha. Não me dou conta de que ela já está crescendo, que a sensibilidade pelo seu entorno está amadurecendo. Cheguei na fase de dizer que minha bebê está ficando uma guriazinha. São conversas ainda não bem entendidas, mas que agora surgem com indagações que a mamãe aqui provavelmente vai ter que se virar nos 30 e até quem sabe abrir sua caixa de pandora para dar explicações.


Antonella tem a decoração da foto acima no seu quarto e essa semana falando sobre quem ia dormir com ela...
- Mamãe, exe é o isquio?
- Sim, filha. Quem mais está aí?
- O piu piu osa, piu piu maieio, piu piu azul.
- Quem mais?
- Poquinho ispio e coujas.
- Isso filha, corujinha mamãe e corujinha filhinha
- E o papai? (bahhhh nessa hora juro que me arrependi da minha frase anterior e um silêncio descomunal pairou... pra mim por um tempo eterno)
O que responder... rápido, pensa rápido...
- O papai está na casinha dele. Assim como o teu papai também está, né? (diz que entende, por favor)
- É

Eis que ontem ela se certifica da mesma coisa, mas ela que responde:
- Couja mamãe, couja filhinha e papai na casinha dele, né?
- Isso filha... na casinha dele.
- Papai An-néia na casinha dele?
- Sim
- Com a Nina?
- Sim, filha isso mesmo, com a Nina. (morri de novo)

Essas surpresas fazem todos os dias serem maravilhosos, serem surpreendentes. Um amor que não se encontra em nenhum outro lugar.

Te amo, filha!

sexta-feira, junho 27, 2014

Eu só queria Tulipas!

Falei... não uma vez, não duas, não três, mas várias vezes: eu amo Tulipas! Quero Tulipas!
Elas não vieram.
Lembrei delas hoje. Na verdade a lembrança de hoje foi coroada pelos pensamentos da semana toda. Chegando nessa data eu penso nele, no meu buquê de Tulipas.

E ele estava hoje lá sentado na porta da casa com aquele lindo buquê esperando pra entregar pra ela... ali não resisti e chorei. Chorei, como choro sempre, não por um motivo, não por uma causa, mas pelo todo. Se é pra chorar, já chora por tudo de uma só vez que me economizam rugas e manchas vermelhas no rosto.

Ainda bem que tinha uma mão me segurando e me dando forças naquele momento. De repente eram mil questionamentos na minha cabeça, mil imagens... uma constelação de decisões sendo tomadas de uma forma avassaladora. Vinham perguntas feitas antes e que meu cérebro quimicamente só as respondia agora.


Minhas inseguranças, meus medos... ele com medo de ser esquecido e eu com medo de estar sozinha. Ele querendo ser lembrado por todos, fazer a diferença, ser especial para vários. Ela nem acreditava que podia ser especial para um.
De fato estamos cercados por muitas pessoas, mas estamos sozinhos estando juntos... Contradições da nossa realidade. Nunca mais estarei sozinha, mas me questiono sobre o medo de estar, de ficar.


Ok, Ok, então! Quanto desse tempo ainda tem? Talvez pela primeira vez eu esteja fazendo as coisas com tempo. Ainda que me veja em atraso, ainda que me culpe, ainda que ache essa demora infinita, ainda que perguntas latejem no meu corpo... ainda assim, as coisas estão realmente se encaixando quando elas devem. Sambando de salto agulha na minha frente e me dizendo: deseje sempre, faça acontecer, não deixe pra depois, mas não seja imediatista... o resultado pode vir depois do esperado, mas será na hora certa.


A capacidade de jogar palavras ao vento...
Eu devia acreditar mais nas minhas palavras, pois as palavras tem força. Porém, as pessoas também poderiam somente falar o que sentem, a verdade sobre si. Seria mais simples, mais curto e mais proveitoso. Porém, geralmente só fazemos isso quando estamos em situações fora da realidade social. Uma lástima.
Eu tenho grande dificuldade de responder sobre algo que não sinto, que não gosto... mentir para agradar é bem complicado pra mim. Tempos atrás me fizeram uma pergunta, que não falava de promessa, mas de dizer algo que sei que faria bem a pessoa, mas que eu não poderia fazê-lo. Acho que podemos amenizar as palavras se o impacto for negativo, mas não deixar de falar a verdade... somente o que sente e nada mais.

Ela que se achava uma granada teve a explosão de outra na sua frente. Num infinito mais curto que de muitos, o pra sempre dela virou OK!

Eu? Eu no aguardo do meu Ok, das minhas Tulipas!


quarta-feira, junho 25, 2014

Vem pra cá!


Vem pra cá!

“Chega de mansinho
Vem devagarzinho 
Chamou minha atenção 

Tua voz me chama 
Teu olhar que encanta 
Esse sorriso me conquistou 

Vem pra cá, sai daí 
Vou correndo pra te buscar 
Vem pra cá, sai daí 
No meu corpo é o teu lugar 

É tua pegada 
É teu cheiro, nego 
Teu beijo que me pegou 

Quero sentir teus braços 
Vem num só abraço 
Esse pandeiro é teu 

Ohhh ohhh 

Vem pra cá, sai daí 
Vou correndo pra te buscar 
Vem pra cá, sai daí 
No meu corpo é o teu lugar 

Quero o teu sorriso 
Vem aqui comigo 
Vamos fugir pra longe daqui 

Te sentir bem forte 
É tudo que eu mais quero 
O calor já me dominou 

Por isso que eu te digo ohhh ohhh 

Vem pra cá, sai daí 
Vou correndo pra te buscar 
Vem pra cá, sai daí 
No meu corpo é o teu lugar”